Oi, Marília. Como você vai?
Esta ativista inicia a escrevinhação agradecendo a participação da Secretaria de Estado da Mulher , que disponibilizou o profissionalismo do Daniel e a Helen Victoria, para a 1ª Travessia Negra- Entre o Abrigo e o Quilombo dos Palmares’, na sexta-feira, 19, quando em uma iniciativa inédita , o Instituto Raízes de Áfricas embarcou os meninos do Abrigo Acolher (todos homens), em uma viagem atemporal pelas trilhas do Quilombo dos Palmares, Serra da Barriga, em União dos Palmares, Alagoas.
Teve ,claro, as parcerias premium e o ressoar dos tambores, despertando a capoeira que se fez roda terapêutica.
Foi lindo observar os meninos abrigados sentindo a liberdade de guiar os próprios passos no gingado da Capoeira.
Ginga, luta e acrobacias que redimensionam voos, que ensinam e instigam caminhos, no respirar com foco no presente futuro.
Meninos do Abrigo Acolher todos meninos, todos negros, acima dos 7 anos, alguns atípicos sonham em ter uma família.
Terão?
Mas, a capoeira conduzida pelo Luan Vitor e umas mocinhas, tão empáticas mostraram aos meninos que na roda eles são pessoas, com identidade, rosto, sentimentos, emoções, e um território cheio de desafios, a serem vencidos.
O Gil, um dos meninos do Abrigo aproveitou o momento para criar memórias e extravasar e mostrar o que sabe sobre a luta e dança da capoeira.
Deu show,
Lacrou.
Luan, o professor de capoeira, disse: -Esse menino é bom, se ele morasse em União gostaria de tê-lo em minha equipe.
Foi um momento único, principalmente para todos os meninos negros do Abrigo Acolher, e quando o Daniel do quadro da Secretaria de Estado da Mulher, dentro de um enredo das muitas violências, falou para as crianças sobre a violência contra a mulher e a misoginia , deu um estalo, tipo ‘eureka’ , e esta ativista, Arísia Barros propôs o engajamento da capoeira, na formação de redes, de enfrentamento ao Feminicídio.
As pessoas presentes gostaram da ideia e o professor Luan Vitor também.
E o que tu achas, secretária, Marília Albuquerque?
Que tal convidar a Capoeira para a Roda do Enfrentamento ao Feminicídio, em Alagoas?
Podemos começar com mestre Vita, em União dos Palmares.
PS: Por que os abrigos de Maceió não utilizam a Capoeira como ferramenta de equilíbrio, aceitação e pertencimento?















