A desatenção é uma das queixas mais recorrentes nos consultórios de Neurologia, mas nem sempre está ligada ao Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Para esclarecer quando esse sintoma pode indicar o transtorno, o neurologista da Santa Casa de Maceió, Vitor Macedo explica os principais sinais a serem observados.
“Por definição, o TDAH não se resume à desatenção: ele costuma vir acompanhado de hiperatividade e impulsividade, formando um conjunto característico”, de acordo com o especialista, “o ponto central é identificar a idade em que os sintomas começaram.”
Macedo destaca que, para ser considerado TDAH, o quadro deve ter se manifestado antes dos 12 anos e provocado prejuízos funcionais, como dificuldades de aprendizado ou baixo rendimento escolar. Quando a desatenção surge apenas na vida adulta, muitas vezes após períodos de estresse, a possibilidade de TDAH se torna menos provável.
Já quando o paciente apresenta esses sintomas desde a infância e continua enfrentando impactos na vida escolar, acadêmica ou profissional, a hipótese do transtorno deve ser investigada. “O essencial é entender quando a desatenção começou e o que vem associado a ela”, reforça o especialista.
O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir o uso de medicação, terapia comportamental, mudanças no estilo de vida e apoio educacional ou profissional. A escolha das estratégias depende da idade do paciente e da intensidade dos sintomas. O principal objetivo é auxiliar o paciente a desenvolver habilidades que facilitem o enfrentamento dos desafios do dia a dia.










