Faz um bom par de anos, que esta ativista Arisia Barros ‘desobrigou-se’ das celebrações do 20 de novembro, na Serra da Barriga.

O excesso de festividade, diante das gambiarras feito  produtividade  da  luta negra contemporânea , em Alagoas, fez surgir nesta ativista um incômodo social cheio de profundezas e questionamentos.

Para começar , Alagoas negra nem existe no mapa do Brasil,  é um território povoado pelo escopo de políticas antirracistas inconclusas, (em mais de 12 anos, Alagoas de Palmares, gestada pela esquerda, não conseguiu produzir um único  plano ordenador das políticas de igualdade racial). 

Vixe!

E essa mesma política racial se tornou ‘mercadoria’ de livre comércio , atravessada pelo investimento estatal da criação de determinadas personagens, utilizados como marcadores de uma diversidade forjada.

Idolatrias.

Observando o roteiro da festança  esta ativista perguntou: Cadê os quilombolas ocupando o Quilombo dos Palmares, em tempos idos,  comandado pelos  ícones quilombolas Aqualtune, Zumbi, Ganga Zumba, etc e tal?

E alguém respondeu:- Não dá para mostrar todo mundo.

Como assim?.

 Quilombolas são  protagonistas,  não é todo mundo.

São uma espécie  de ilhas de preservação de memória, rituais e vida comunitária.

O 20 de novembro, ou, o Dia da Consciência Negra , no Quilombo dos Palmares, Serra da Barriga perdeu sua característica do sagrado e a conexão direta com a ancestralidade do território é transformada em palanque político, vitrine de vaidades.

E o Babalorixá Manoel Xoroquê, alerta : ‘A Serra da Barriga,  local, reconhecido como um marco de resistência histórica e espiritual, tem sido palco de tragédias( 20 mortes, no dia 20 de novembro em 2024 e um afogamento na Lagoa dos Negros, no 20 de novembro em 2025)  são manifestações de um desequilíbrio espiritual, da ancestralidade que se sente desrespeitada.’

Um morador de União dos Palmares complementa: A Serra da Barriga se transformou em um terreiro político,  onde a ancestralidade é esmagada por  egos insuflados por  vaidades do mundo  contemporâneos.

É isso!

Ou tem mais?!