O deputado federal Marx Beltrão (PP) se manifestou publicamente sobre a decisão da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) de criar uma política de cotas para pessoas trans nos cursos de graduação, a partir do próximo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Em suas redes sociais, o parlamentar classificou a medida como “absurda” e defendeu que o tema seja debatido em nível nacional, com regras claras e critérios sociais que garantam justiça no acesso ao ensino superior.
“A UFAL decidiu que vai ter cota em seus cursos de graduação pra pessoas trans no próximo Sisu. Minha gente, vamos falar sério! Eu sempre respeito e apoio as lutas de todas as minorias, e acho essencial combater todo o tipo de preconceito e toda forma de discriminação. Mas a universidade pública é de todos e precisa seguir critérios justos e equilibrados”, afirmou.
Marx Beltrão criticou a forma como a decisão foi tomada, destacando que a aprovação ocorreu em reunião do Conselho Universitário da própria universidade, sem ampla discussão com a comunidade acadêmica ou com a sociedade.
“Agora, do nada, com debate raso, sem critério social, tudo decidido em uma reunião do Conselho da própria universidade e sem debate amplo com a comunidade acadêmica ou principalmente com a sociedade... é absurdo! Isso não é inclusão. Isso é lacração. É militância querendo aparecer com o chapéu alheio”, disse o deputado.
O parlamentar reforçou que as cotas devem considerar critérios de renda e desigualdade social, para garantir o acesso de quem mais precisa, e não criar divisões dentro das universidades.
“Cota tem que levar em conta a realidade social, a renda, as desigualdades que impedem o acesso de quem mais precisa. Não dá pra criar uma cota pra cada grupo, porque aí não sobra vaga pra ninguém fora das cotas! E o pior: isso só aumenta a divisão, gera mais intolerância e descrédito ao processo, além de novos privilégios”, completou.
Por fim, Marx Beltrão defendeu que o assunto seja discutido com o Ministério da Educação e o Congresso Nacional, de modo a estabelecer um marco regulatório uniforme para políticas afirmativas no país.
“Esse debate precisa subir pro nível nacional, com regras claras, pra garantir justiça de verdade, pra que o futuro dos nossos estudantes não fique refém de grupos minoritários, que sempre querem impor sua realidade, muitas vezes de forma autoritária”, concluiu.










