A ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, afirmou nesta quarta-feira, 29, que o país está reforçando suas fronteiras após a megaoperação realizada pelas polícias do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV).
Em postagem no X, ela escreveu:
“Estamos reforçando as fronteiras para proteger os argentinos de qualquer “desmobilização” que possa ser gerada pelos conflitos no Rio de Janeiro. A segurança do nosso país vem sempre em primeiro lugar.”
Patrícia também encaminhou um ofício à Secretaria de Segurança Nacional determinando medidas preventivas diante da possibilidade de movimentação de criminosos e ordenando uma força conjunta com as polícias do Brasil e Paraguai.
“Este alerta constitui uma medida preventiva derivada da teoria que pode produzir. Envie aos guardas instalados na fronteira o manual de reconhecimento de senhas que caracterizam a estes gurpos narcoterroristas para facilitar às forças as possíveis identificações. E que ativem os contatos com as forças policiais do Brasil e Paraguai para uma tarefa em conjunto a fim de garantir o intercâmio de informações e das capacidades operativas”, diz trecho do documento.
CV e PCC como terroristas
Em entrevista ao canal La Nación+, na noite de terça, 28, Patrícia passou a considerar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), como organizações terroristas.
“A partir daí, decidiu-se uma nova estratégia de combate. Abandonaram a política de pacificação que havia sido muito bem-sucedida no Rio de Janeiro. Fui ver como era. Conheci a experiência. E começam essas duas organizações, que a Argentina declarou narcoterroristas”, disse Bullrich.
O entrevistador, então a interrompeu: “O Primeiro Comando e o Comando Vermelho foram declarados narcoterroristas pela Argentina?”.
“Sim. São narcoterroristas, porque têm todo um sistema”, disse a ministra.
Mais adiante na conversa, Bullrich voltou a tocar no assunto.
“Se o governo do estado do Rio de Janeiro está enfrentando uma situação em que bairros inteiros estão sendo dominados pelo Comando Vermelho, neste caso, mas poderia ser o Primeiro Comando Capital. São instituições gêmeas que não competem entre si, não se matam entre eles. Dividem o território e não se matam. Digamos, praticam extorsão, sequestros, assaltos a bancos, além do tráfico de drogas, são multifuncionais”, disse Bullrich.
“Mas não brigam entre si?”, questionou o jornalista.
“Não. Já ajudaram terroristas. No ano passado prenderam 26 terroristas que estavam preparando um atentado do Hezbollah no Rio de Janeiro, e eles tinham toda a infraestrutura interna era do PCC. Por isso, nós declaramos a organização narcoterrorista, essa organização”, afirmou a ministra.
“Nós fizemos. Nós colocamos agora no Repet, que é o cadastro de organizações terroristas”, seguiu.










