Durante sessão na Câmara Municipal nesta terça-feira (18), vereadores de Maceió reagiram com firmeza às tentativas da oposição de vincular a Prefeitura às investigações da Polícia Federal envolvendo o Banco Master e o Banco de Brasília (BRB). Eles classificaram as acusações como “levianas, mentirosas e politicamente fabricadas”, reforçando que não há qualquer indício de irregularidade nos investimentos feitos pelo município ou no contrato firmado com o BRB para gestão da folha salarial.
O vereador Kelmann Vieira esclareceu que os aportes realizados em 2023 — no valor de R$ 117 milhões — foram baseados em análise técnica de uma consultoria especializada, que atua em mais de mil cidades brasileiras. Além disso, segundo ele, essa consultoria foi investigada pela Polícia Federal este ano (2024) e Maceió sequer foi citada. “É falsa a narrativa de que essa consultoria atuou de forma fraudulenta. A mentira tem que ser repetida várias vezes para tentar se tornar verdade, mas essa tentativa não vai vingar”, afirmou.
Kelmann também destacou que, no momento dos investimentos, não existiam as chamadas ‘letras podres’, e que todas as aplicações seguiram rigorosamente as normas do Banco Central, do Tesouro Nacional e de outros órgãos reguladores do Sistema Financeiro Nacional. Ele frisou que a Prefeitura também é vítima da situação, assim como outras instituições públicas e privadas do país. “O município não tem, nunca teve e nem poderia ter qualquer ingerência sobre decisões internas de instituições financeiras reguladas exclusivamente pelo Banco Central”, ressaltou.
Os vereadores Neto Andrade e David dos Empregos também repudiaram as insinuações da oposição e desafiaram seus adversários políticos a afirmarem publicamente que existe qualquer ilegalidade no contrato entre o BRB e o Tribunal de Justiça de Alagoas. Segundo eles, o BRB mantém operações amplamente reconhecidas com tribunais em diversos estados, o que reforça sua credibilidade e afasta qualquer tentativa de associar o banco a suspeitas locais sem fundamento.
Entre as operações citadas estão a gestão de depósitos judiciais junto aos tribunais do Distrito Federal (TJDF) e da Bahia (TJBA), além da administração de precatórios do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). “Estamos falando de um banco que opera com tribunais inteiros. Dizer que a Prefeitura é suspeita apenas por contratar uma instituição desse porte é manipulação política”, pontuou Neto Andrade.
Kelmann também afirmou que já articulou uma reunião entre sindicatos e o IPREV, sem a presença de políticos, para tratar do assunto com seriedade e sem exploração eleitoral. “Toda insinuação sem prova será respondida com firmeza. Se querem fazer oposição, que façam com responsabilidade — não com invenções”, concluiu.
*Foto: CMM









