O Parque Biblioteca Bilíngue - Céu das Artes tem mudado a rotina de mais de mil crianças e também dos moradores do bairro Benedito Bentes, um dos bairros mais populosos de Maceió. Com iniciativa inédita da gestão do prefeito JHC, o equipamento localizado no Conjunto Frei Damião se tornou referência em inclusão, cultura e educação, oferecendo novas oportunidades a 1.052 estudantes da rede municipal, que frequentam o espaço no contraturno escolar.
Com aulas diárias de inglês, atividades culturais como teatro e música, além de tecnologia aplicada ao aprendizado com sala maker e biblioteca, o Parque Biblioteca alia conhecimento, arte e inovação. Aos finais de semana, o espaço abre as portas para toda a comunidade, com oficinas culturais, esportivas e educativas para todas as idades.
Marcos Daniel de 10 anos, aluno do 5º ano da Escola Municipal Padre Brandão Lima, contou que estar no Céu das Artes é como realizar um sonho.

“Aqui é como um paraíso. Sempre quis aprender robótica e agora posso. Minha família tem uma tradição na capoeira e fico feliz em poder seguir esse caminho também, porque aqui também participo das oficinas de capoeira. Antes, minha rotina era entediante, mas agora tudo mudou, aqui eu aprendo mais, é como se eu estivesse realizando um sonho”, disse.
Daniel relatou que já estudou em uma escola privada, e que não tinha a mesma estrutura que é proporcionada pela prefeitura. Além disso, ele contou que sempre teve dificuldade em interagir com outras crianças por ter Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), mas, se sentiu acolhido no Parque Biblioteca.
“Aqui eu me sinto feliz e aceito. É bem melhor do que antes, quando eu ficava mais sozinho. Eu aprontava porque me sentia excluído. Aqui tenho amigos, atividades e coisas novas todos os dias. Eu não esperava ter acesso a tudo isso na escola pública. Antes, em outra escola, eu não tinha diversão. Aqui é diferente, eu aprendo inglês, música, capoeira… e me sinto motivado todos os dias. É um lugar onde eu posso ser eu mesmo e experimentar coisas novas”, relatou Marcos Daniel.
Para os educadores, como Guilherme Costa, coordenador do espaço, o Parque Biblioteca representa um marco na gestão e na vida de quem faz parte do equipamento.

“O Céu das Artes é uma extensão da escola. Aqui as crianças aprendem, mas também criam laços, expressam sentimentos e se sentem parte de uma família. Isso antes era inimaginável. Quando a Gestão investe em um espaço como esse, ela está abrindo portas para que crianças e jovens descubram seus talentos e enxerguem novas oportunidades de futuro. É uma ação que impacta diretamente na vida das famílias e da comunidade”, pontuou.
O coordenador destacou ainda o diferencial da proposta pedagógica oferecida no equipamento e ressaltou a relevância do espaço para transformar a educação e aproximar a comunidade de novos conhecimentos.
“Não buscamos apenas resultados, mas sim a interação como um todo. Fazemos a escuta ativa da criança, damos a oportunidade para que verbalizem seus sentimentos e criem novas amizades. Esse espaço fomenta o desejo de cultura e uma nova perspectiva de vida para os alunos e para toda a comunidade do Benedito Bentes. Aqui os estudantes têm contato com novas linguagens, tecnologias e atividades culturais que enriquecem a formação. É um espaço que vai além da sala de aula e desperta a curiosidade dos alunos. A educação pode ser leve, divertida e transformadora”, disse.
O espaço, construído em parceria com o Ministério da Cultura e gerido pela Rede Areté, já é visto como referência em inovação e aprendizado. Para o mestre de capoeira Genival Calisto, o Mestre Cutia, que ensina capoeira no local, dar aulas nas oficinas é motivo de orgulho.
“Eu me sinto muito orgulhoso em passar o conhecimento que tenho, para que eles aprendam cada vez mais a valorizar a cultura e a tradição. Antes não havia tantas oportunidades como eles têm atualmente. Hoje, vejo as crianças aprendendo com alegria e sinto esperança no futuro”, pontuou.
Para muitas famílias, como a de Thayse da Silva Lopes, que é moradora do bairro e mãe do David Rodrigo estudante da Escola Frei Damião, o espaço representa segurança e transformação.
“Antes meu filho estudava e depois ficava em casa. Hoje ele chega feliz, participa das oficinas, chega contando as experiências e não quer faltar de jeito nenhum. É uma honra ver meu filho ter acesso a uma estrutura como essa, que eu nunca imaginei que teria na escola pública e, principalmente, aqui na nossa região”, contou.

Para as crianças, a iniciativa da gestão municipal representa um lugar de descobertas e sonhos. Jasmyne Lavínia, de 10 anos, aluna do 4º ano, estudar no Céu das Artes é viver uma experiência única.
“Estou vivendo uma experiência única, é a melhor de todas. O JHC arrasou nessa iniciativa, todas as crianças gostaram e principalmente eu, que fico alegre com tudo. A biblioteca é meu cantinho preferido. Lá, encontro livros interessantes e adoro ler cadernos de terror, que são meus preferidos”, contou.

O estudante Nicolas Gabriel, de 11 anos, que cursa o 6º ano na Escola Paulo Bandeira, destacou as oportunidades de aprendizado.
“Eu acho tudo isso muito bom, o Céu das Artes é muito importante pra gente, principalmente pelo ensinamento. Aqui eu tenho aula de computação, robótica, inglês e até educação física. A matéria que eu mais gosto é computação. Antes, quando estudava só à tarde, eu ficava em casa no celular, na TV ou jogando bola. Agora tenho mais conhecimento e socialização. Me sinto feliz aqui”, relatou.
A pequena Agatha Vitória, de 8 anos, aluna do 3º ano também da Escola Paulo Bandeira, contou como as novidades contribuem para o aprendizado.
“Os professores ensinam direitinho e a gente aprende bastante. Minha aula preferida é computação. Antes eu não sabia nem mexer em computador e agora já aprendi. Aqui todo mundo se diverte e aprende. Eu nunca pensei que poderia aprender e ter acesso a tudo isso que eu tenho aqui”, disse.

Transformação
Até quem vive do comércio percebeu a diferença. João Carlos, comerciante há mais de duas décadas no bairro, conta que o movimento cresceu e a região ganhou vida.
“Isso aqui era abandonado, só mato e animais soltos. Hoje é uma maravilha. O Céu das Artes trouxe desenvolvimento, alegria e mais movimento para o comércio. É uma mudança de 98% para melhor. Nós ficamos muito felizes em ver essa transformação. Quem diria que um dia nossos meninos teriam acesso a isso tudo? É coisa de outro mundo e deixa a gente muito orgulhoso, o movimento aumentou, tudo melhorou”, comemorou.

O Céu das Artes se tornou um espaço de oportunidades, aprendizado e pertencimento, impactando diretamente a vida dos estudantes e de suas famílias, como um símbolo de transformação social, mostrando que educação e cultura podem caminhar juntas para abrir caminhos para o futuro.
Foto de Capa: Daniel Marinho/Secom Maceió