A Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) está acompanhando a situação do surgimento de jacarés em uma área urbana de Arapiraca, no Agreste alagoano. O local vem atraindo moradores e curiosos, transformando-se em um ponto turístico improvisado, mas sem estrutura adequada e com riscos à segurança da população.

A defensora pública Brígida Barbosa encaminhou uma recomendação à Prefeitura de Arapiraca, alertando para o perigo da presença dos répteis nas margens do rio, sobretudo devido à prática de alimentação dos animais por populares. A proximidade com pedestres e motoristas, destacou a Defensoria, pode resultar em acidentes graves.

Em resposta, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente apresentou um Plano de Manejo da Fauna Silvestre, voltado para o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris), espécie identificada no Rio Piauí. Entre as primeiras ações já iniciadas estão a instalação de placas de sinalização em áreas estratégicas e campanhas educativas com a comunidade, reforçando que os animais não devem ser alimentados nem capturados.

O plano também prevê monitoramento, resgate e realocação segura dos jacarés, além da implantação de barreiras físicas em pontos críticos. A iniciativa contará com parcerias de órgãos ambientais e instituições acadêmicas para acompanhamento técnico e científico.

A Defensoria Pública informou que seguirá acompanhando o caso para garantir que as medidas sejam efetivamente executadas e que a convivência da população com a fauna silvestre aconteça de forma segura e responsável.