Após uma eleição interna marcada por disputas acirradas, durante a cerimônia de posse como novo presidente do Partido dos Trabalhadores em Alagoas, no sábado (6), o deputado estadual Ronaldo Medeiros discursou apelando à união partidária e criticando a extrema direita. 

Medeiros afirmou que pretende conduzir o partido “de mãos dadas”, com foco na reconstrução da unidade e na preparação para as eleições de 2026:

“Vamos ver se o grupo é maduro para se unir, porque o meu adversário não está dentro do partido, está fora do partido e se eu gastar energia ou se alguém gastar energia em brigas internas inúteis, nos destruindo, estamos, com isso, favorecendo a extrema direita, destruindo o partido”.

O presidente prosseguiu defendendo que os nomes “companheiro e companheira” são muito fortes para serem usados da boca para fora: “Chamar o outro de companheiro e companheira e não tratá-lo assim é uma atitude criminosa, desonesta”.

Medeiros se disse animado e otimista, apesar do cansaço, com os desafios à frente. “Vejo aqui homens e mulheres dispostos a lutar por uma Alagoas melhor, contra o fascismo, não só no discurso, mas nas ruas”.

Ele também projetou que, ao final de 2026, “o país eleja um presidente comprometido com a democracia”. “A gente está vendo o mundo todo se 'endireitando' e o mundo, quando 'endireita', acaba com direitos, com a democracia”, alertou, usando a Argentina como exemplo.

“Na Argentina, a fome está imperando com o louco (Javier Milei) que elegeram, parecido com o daqui...”, concluiu, se referindo ao ex-presidente Jair Bolsonaro.