Dois empreendimentos, um imobiliário e uma usina de concretagem, foram autuados e tiveram suas atividades embargadas pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) por práticas irregulares que configuram crimes ambientais. O caso foi registrado em Porto de Pedras, no interior de Alagoas. 

A área fiscalizada fica próxima ao Rio Tatuamunha, berçário natural dos peixes-bois-marinhos, e a ação teve como objetivo coibir danos e proteger ecossistemas sensíveis do estado.

Durante a fiscalização, foram constatados lançamentos de efluentes sanitários no mangue, contaminação do solo por combustíveis e lubrificantes, supressão de vegetação protegida por aterro em áreas de mangue, descarte de resíduos de concreto no solo, armazenamento irregular de materiais sem contenção adequada e o uso de cinco poços artesianos, dos quais apenas um possuía outorga legal.

Diante das infrações, o IMA determinou o embargo imediato das atividades dos dois empreendimentos e aplicou multas que somam R$ 368.015,00. O órgão destacou que essas irregularidades comprometem ecossistemas fundamentais, como o manguezal e o Rio Tatuamunha, essenciais para a manutenção da biodiversidade e a proteção do peixe-boi marinho. Técnicos também indicaram que essas práticas podem ter contribuído para mortes recentes da espécie, reforçando a gravidade do crime ambiental.

A operação atende a solicitação da Associação Peixe-Boi e integra investigações sobre as causas das mortes dos animais, a avaliação das fontes de poluição no Rio Tatuamunha e a adoção de medidas voltadas à preservação do ecossistema.

 

*Com Ascom IMA