O autor do assassinato do instrutor de dança Rubens Augusto dos Santos, de 49 anos, foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão pelo crime de latrocínio. A sentença, proferida na última terça-feira (02), determina que o réu, João Vítor dos Santos Rodrigues, deverá cumprir a pena em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade, devido à gravidade do crime e ao risco de fuga.
Além da pena de reclusão, João Vítor foi condenado a pagar 40 dias-multa, valor que será revertido ao Fundo Penitenciário.
Segundo os autos do processo, o crime foi premeditado por João Vítor, que teria se aproveitado da relação íntima que mantinha com a vítima. O réu fingiu estar interessado em se relacionar sexualmente com Rubens para atrair a vítima e cometer o crime.
O juiz Carlos Henrique Pita Duarte, da 3ª Vara Criminal da Capital, destacou na sentença a frieza, crueldade e ousadia do réu.“É alta a reprovabilidade da conduta, sendo praticado o crime de modo voluntário, consciente e livre, portanto, com dolo, sendo reprovável sua conduta e extremamente nefasta ao meio social […] Os atos demonstraram grande ousadia, crueldade e frieza, conforme se vê através das provas carreadas aos autos, sendo o item valorado de forma negativa para o Réu”, afirmou o magistrado.
O caso
O corpo de Rubens Augusto foi encontrado em sua residência no dia 14 de maio de 2024, cerca de 48 horas após o crime. Ele estava enrolado em um lençol e apresentava diversas perfurações na cabeça provocadas por um objeto contundente.
Com o avanço das investigações, João Vítor foi identificado como principal suspeito e acabou preso dias depois. A princípio, ele negou o crime, mas imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas revelaram que ele e Rubens passaram o dia juntos — foram vistos na praia e em um restaurante.
Durante a noite, os dois seguiram para a casa da vítima, onde o crime foi cometido. Após o assassinato, João Vítor retornou ao local e furtou diversos objetos de valor, como caixa de som, celulares e cartões bancários da vítima. Ele ainda utilizou os cartões para fazer compras, uma tatuagem e até tratamento dentário.
João Vítor foi preso no dia 28 de maio de 2024, no local onde trabalhava, no bairro da Ponta Verde, em Maceió.
Rubens Augusto era instrutor de dança, recreador e havia comemorado aniversário pouco antes do crime. Amigos e familiares perceberam seu desaparecimento após o último encontro com o acusado.
*Estagiária sob supervisão da editoria