Alagoas e a capital, Maceió, apresentam nível de alerta de síndrome respiratória aguda (SRAG) e risco ou alto risco com sinal de crescimento na tendência de longo prazo. É o que aponta o boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado no último dia 12 de junho.

Conforme o boletim, Alagoas está entre as 21 unidades federativas que apresentam incidência de SRAG em nível de alerta. E a capital do estado, Maceió, está entre as 17 que também apresentam risco alto de incidência da doença.

A Fiocruz aponta ainda que os casos de SRAG entre crianças de 2 a 4 anos, segue em crescimento na capital alagoana. Também se observou um aumento de casos da doença entre os idosos.

Além de Alagoas, a análise indica que outras 20 unidades federativas também apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo. São essas: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

Já entre as capitais, além de Maceió, Aracaju (Sergipe), Belo Horizonte (Minas Gerais) Boa Vista (Roraima) Brasília (Distrito Federal), Curitiba (Paraná), Florianópolis (Santa Catarina), Goiânia (Goiás), João Pessoa (Paraíba), Macapá (Amapá), Manaus (Amazonas), Natal (Rio Grande do Norte), Porto Alegre (Rio Grande do Sul), Porto Velho (Rondônia), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Salvador (Bahia) e São Luís (Maranhão), também aparecem na lista.

Fonte: Fiocruz

 

De acordo com a Fiocruz, houve um aumento expressivo de casos de SRAG, comparado aos últimos dois anos. Em relação ao mesmo período avaliado no ano passado, o número de casos quase dobrou, com um aumento de 91%.

Os vírus Influenza A e sincicial respiratório (VSR) são os responsáveis pela maioria das hospitalizações pela doença no país.

Segundo a Fiocruz, em 2025, já foram notificados 93.779 casos de SRAG no Brasil, sendo 24,5% influenza A, 1,1% influenza B, 45,1% VSR, 22,3% rinovírus e 9,9% Covid-19. 

Já no último mês, a prevalência entre os casos positivos foi de 40% para influenza A, 0,8% para influenza B, 45,5% para vírus sincicial respiratório, 16,6% para rinovírus, e 1,6% para Covid-19.

A pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portella, alerta que a vacina contra a gripe é importante para evitar casos graves. "Essa é a principal forma de prevenir casos graves e óbitos da doença. Com uma boa cobertura vacinal, conseguimos diminuir esse número de hospitalizações no país", afirmou para à Agência Fiocruz.

A vacina da gripe está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do SUS (Sistema Único de Saúde) de todo o país e foi ampliada para a toda a população. O imunizante protege contra três cepas do vírus influenza.

 

*com Fiocriz