Uma nova pesquisa realizada pelo instituto Ipsos-Ipec, divulgada nessa quinta-feira, 12, revelou que a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta dificuldades contínuas em melhorar sua popularidade perante a população brasileira. A sondagem indica que a avaliação negativa do governo segue superior à positiva, consolidando o pior cenário registrado por Lula em seus três mandatos.
De acordo com o levantamento, a avaliação da gestão Lula permanece estável em comparação ao último estudo divulgado em março. No entanto, mesmo sem alterações estatisticamente significativas, a percepção negativa se mantém em alta:
• Avaliação negativa (ruim ou péssima): 43%
• Avaliação positiva (ótima ou boa): 25%
• Avaliação regular: 29%
A diretora da Ipsos-Ipec, Márcia Cavallari, destacou a gravidade do cenário:
“Apesar da avaliação do governo federal ter oscilado dentro da margem de erro da pesquisa, esse é o pior resultado obtido por Lula em seus 3 mandatos.”
A pesquisa também revelou que:
• 55% dos entrevistados desaprovam a forma como o presidente está governando o país, enquanto apenas 39% aprovam.
• Quando se trata de confiança, 58% dos brasileiros afirmam não confiar em Lula, enquanto 37% dizem confiar.
Esses dados reforçam o ambiente de insatisfação generalizada com a condução do governo.
Outro dado que chama atenção é a percepção sobre o desempenho do governo em relação às expectativas dos brasileiros:
• 50% acham que o governo está pior do que esperavam, número praticamente igual ao registrado em março (51%).
• 28% consideram que está igual, mesmo índice da pesquisa anterior.
• Apenas 20% acreditam que o governo está melhor, uma variação insignificante em relação aos 19% registrados em março.
A pesquisa evidencia uma forte divisão na avaliação do governo entre diferentes segmentos da população:
• Avaliação positiva é mais comum entre:
o Eleitores de Lula em 2022 (53%)
o Moradores do Nordeste (38%)
o Pessoas com menor escolaridade (36%)
o Brasileiros com renda de até um salário mínimo (33%)
o Católicos (32%)
• Avaliação negativa prevalece entre:
o Eleitores de Bolsonaro (75%)
o Pessoas com renda familiar acima de 5 salários mínimos (59%)
o Mais escolarizados (51%)
o Evangélicos (50%)
Além disso, a insatisfação cresceu em determinados grupos:
• Entre pessoas de 45 a 59 anos, a avaliação negativa aumentou de 37% para 45%.
• Entre moradores das regiões Norte e Centro-Oeste, subiu de 43% para 50%.