A família da motociclista Renata Maria Lima Silvério, que morreu após ser atropelada por um caminhão na Avenida Fernandes Lima, em Maceió, no último sábado (7), denunciou que ela foi vítima de assédio quando voltava de um cursinho, momentos antes de sofrer o acidente.
De acordo com Francisco Silvério, irmão da vítima e professor do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Maceió, Renata foi assediada por um homem que dirigia um carro enquanto ela seguia de moto pela avenida.
Ao tentar fugir da situação, a vítima perdeu o controle da motocicleta, colidiu com outra moto e acabou sendo atropelada por um caminhão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas, ao chegar ao local, a jovem já estava sem vida.
A Delegacia de Trânsito da Capital, sob comando do delegado Carlos Reis, informou que todos os envolvidos no acidente foram identificados e serão ouvidos, incluindo testemunhas que presenciaram o ocorrido. A ocorrência foi registrada como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O caso gerou grande comoção na comunidade acadêmica do Ifal, que, por meio do Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Alagoas (Sintietfal), publicou uma nota de pesar e solidariedade à família da vítima.
Além disso, o Sintietfal convocou um ato público para exigir justiça por Renata e por outras mulheres vítimas de violência de gênero. A manifestação será realizada em parceria com a Frente Feminista de Alagoas.
“Nesta semana, no dia 12 de junho, às 8h30, na praça Deodoro, em frente ao Tribunal de Justiça, o Sintietfal estará com os diversos movimentos de mulheres que constroem a Frente Feminista de Alagoas realizando um ato exigindo justiça por Ana Beatriz e por todas as mulheres vítimas de feminicídio e qualquer outra violência de gênero”, diz trecho da nota divulgada pelo sindicato.
*Estagiário sob supervisão da editoria