Sempre levantando a voz contra a violência sexual, principalmente em crianças e adolescentes, o deputado estadual Lelo Maia (União Brasil), levou para discussão na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE/AL), um caso de bastante repercussão e cuja a última decisão da Justiça tem provocado revolta entre internautas,
Maia denunciou que o ex-promotor de Justiça Carlos Fernando da Silva Gama, condenado, a mais de 76 anos de prisão, por abusar sexualmente de suas duas filhas e uma enteada, quando elas eram ainda crianças, e que teve a liberdade concedida pela Justiça, após cumprir apenas 12 anos da pena, continua ameaçando as vítimas, mesmo após decisão judicial.
A filha mais velha do ex-promotor, Luana Rodrigues, tinha apenas 11 anos quando foi abusada pela primeira vez. O pai seguiu com os abusos até ela completar 23 anos. Além do abuso sexual das filhas e da enteada, Carlos Fernando também foi condenado por atentado violento ao pudor e produção de pornografia infantil.
Em entrevista ao CadaMinuto, Luana mostrou sua revolta com a decisão da Justiça: “Foram 10 anos de violência e mais 10 de rito processual, para em 12 anos ele ficar livre”, lamentou
Carlos Fernando teve sua pena fixada em 76 anos de prisão, perdeu o cargo público e foi considerado incapaz de exercer poder familiar. O ex-promotor obteve a progressão de regime, após passar 12 anos, 8 meses e 25 dias no presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, e irá para o regime semiaberto. No entanto, o estado não dispõe de colônia penal destinada a esse tipo de regime, por isso, ele vai cumprir a sentença em casa.
Apesar da decisão, o ex-promotor continua ameaçando as vítimas.
“O crime de abuso sexual deve ser considerado hediondo e não ter progressão de regime. Não é possível que nos dias de hoje isso aconteça. A vítima agora é quem está enclausurada, ela já passou para o seu advogado as provas de que tem sua integridade física ameaçada por esse monstro que cumpriu apenas 1/6 da sua pena de 76 anos de prisão. Cumpriu apenas 12 anos e está agora à solta ameaçando suas vítimas”, declarou Lelo Maia, no plenário da ALE.