JHC é Prefeito de Maceió desde 01 de janeiro de 2021. Já são mais de quatro anos na cadeira de chefe do executivo municipal, no entanto, a capital possuía e possui diversos problemas que atingem, principalmente, o mais pobre — atualmente, o problema em evidência é o período chuvoso.

O Prefeito JHC é um recém-nascido se comparar com o antigo e crônico problema que atinge o Brasil: a desigualdade social. Maceió foi construída de maneira desordenada, como boa parte das cidades litorâneas do país, e é uma das principais razões para a cidade ser tão prejudicada em razão das fortes chuvas que acontecem anualmente, nos mesmos meses.

Os desastres que ocorrem na cidade de Maceió não são naturais, já que estas são praticamente anunciadas: ocorrem no mesmo período, todos os anos, na mesma estação. Não são as forças da natureza que inundam casas, cobrem carros e alagam ruas e avenidas, mas tão somente o descaso do poder público, este que ocorre há décadas e não tem partido nem corrente política.

É bem verdade que a resolução desse problema demandaria a atuação incessante do Prefeito e de recursos públicos, e principalmente, em unir esforços com as esferas Estadual e Federal — afinal, a responsabilização é de todos os entes — para resolucionar os problemas da capital. Mas não é algo impossível a ser feito.

JHC foi Deputado Federal e, apesar de ter se aliado à figuras que fazem oposição ao atual governo, e até à democracia (vide a AP 2.668, ação penal que tramita no STF e tornou o ex-presidente Réu por tentativa de golpe de estado), o Prefeito tem o apoio político de Arthur Lira, que tem trânsito nos corredores do Planalto, além de sua mãe no Congresso Nacional, a Senadora Eudócia Caldas. Portanto, representação em Brasília é o que não falta.

Infelizmente, a capital sofre com os alagamentos, mas não se pode por a culpa na chuva e tampouco na população que reside em casas localizadas em áreas de risco — e é importante frisar que as pessoas que moram nessas áreas não escolheram a moradia, sendo decorrente de fatores históricos e geográficos como a escravidão, o crescimento desordenado e o êxodo rural.

A pressão cai toda em JHC, mas infelizmente, a população não pode cobrar gestões passadas, pois nada pode ser feito pelos ex-chefes do executivo da capital, e sim pelo atual — então, JHC que o faça, mas o que não pode é a população ser negligenciada pelo poder público (municipal, estadual e federal).

 

*Acadêmico em Direito