Os holofotes estão concentrados nos reis, mas o que acontece com os políticos que estão no conselho real, a exemplo de Ronaldo Lessa?
Paulo Dantas e Ronaldo Lessa ainda não têm destino certo na política e evitam comentar sobre qual cargo gostariam de ocupar. Dantas, por sua vez, tem informado a interlocutores próximos do Palácio que gostaria de disputar a segunda vaga ao Senado Federal com Arthur Lira, mas teme (ou respeita?) o poderio do potencial adversário. Lessa, por sua vez, gostaria de disputar o Governo, mas esbarra no ego Calheirista – este que, por sua vez, é insaciável.
Lessa foi essencial na chapa de Paulo Dantas, especialmente pela experiência e habilidade política nos bastidores, e por ter o respeito e a consideração da maioria dos políticos do Estado, em especial, Arthur Lira e Renan Calheiros.
No entanto, quando se trata de eleições majoritárias ou cargos considerados peças-chave, como Prefeitura, Senado e Governo, os Calheiros preferem designar um fiel escudeiro Palaciano que não os desafie ou tenha independência política.
Por tal razão, os Renans querem dar um prêmio de consolo a Ronaldo Lessa: o apoio para uma cadeira na Câmara Federal – mas Lessa rejeita ser uma voz entre 513, querendo uma posição de maior destaque na política local, quiçá nacional.
Resta ao eleitor uma pergunta: Lessa aceitaria ser uma voz entre 513 deputados? É compatível com a influência e o capital político que o vice-governador possui? Essas perguntas só podem serem respondidas em 2026, pelo próprio Ronaldo Lessa.
*Acadêmico de Direito