União pode inviabilizar pretensão de Davi Davino Filho ao senado; em Palmeira dos Índios e outros municípios, MDB e Republicanos são adversários ferrenh

A articulação para a formação de uma federação partidária entre MDB e Republicanos, am âmbito nacional, defendida pelo ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), já provoca reações negativas em Alagoas. Caso a aliança se confirme, o Republicanos poderá enfrentar uma debandada de lideranças regionais, insatisfeitas com a aproximação com o grupo dos Calheiros.

Entre os nomes que já sinalizaram possível saída do partido estão o ex-prefeito de Palmeira dos Índios, James Ribeiro, e sua esposa Mosabelle Ribeiro. A decisão seria motivada pelo desconforto em integrar um bloco político liderado pelo MDB, partido adversário dos Republicanos na política local.

Outro nome que poderá avaliar sua permanência no Republicanos é o do ex-candidato ao Senado e atual liderança estadual do partido, Davi Davino Filho. Em 2022, Davi surpreendeu ao derrotar Renan Filho em Maceió, um revés que deixou cicatrizes políticas entre os dois grupos. Hoje, Davi é apontado como um dos prováveis candidatos ao Senado em 2026 e pode não aceitar compor a base governista comandada pelos Calheiros.

Nos bastidores, o movimento de Renan Filho é visto como uma tentativa de consolidar um bloco político hegemônico em Alagoas, neutralizando adversários e reforçando seu grupo para a sucessão estadual. Entretanto, o risco de perder figuras estratégicas como por exemplo, Davi Davino, James Ribeiro, além de outras figuras exponenciais do Republicanos pode enfraquecer a federação em Alagoas antes mesmo de ser oficializada.

A questão agora é: quem ficará e quem sairá do Republicanos e também do MDB caso a federação com o MDB se concretize? A resposta a essa pergunta poderá redefinir o mapa político de Alagoas em 2026.