A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) concluiu o inquérito sobre a morte da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, cujo corpo foi encontrado em um armário no município de Novo Lino, no mês de abril. Um dos principais pontos revelados na investigação é que o corpo da criança não permaneceu no local da descoberta durante todo o período entre o crime e sua localização.
Segundo os laudos emitidos pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Criminalística (IC), o estado de conservação do cadáver não condizia com os mais de quatro dias que ele teria supostamente passado no armário onde foi encontrado. Os peritos apontam indícios de que o corpo foi manipulado ou mantido em outro ambiente — possivelmente sob refrigeração ou em condições artificiais de conservação — antes de ser deixado no local.
A descoberta reforça a suspeita de que o crime pode ter tido uma participação de terceiros na ocultação do cadáver ou em qualquer outra conduta relacionada ao crime. A Polícia Civil informou que continuará as investigações para elucidar os fatos.
A mãe da criança, Maria Eduarda, de 22 anos, foi formalmente indiciada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime. A PCAL ressaltou que não foram encontrados elementos médicos ou psicológicos que justifiquem o enquadramento do caso como infanticídio, uma vez que não há laudo que comprove perturbação psíquica devido ao estado puerperal.