O ministro da Previdência, Carlos Lupi, decidiu deixar o governo Lula após a revelação do escândalo dos descontos ilegais de aposentadorias e pensões descoberto pelas investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal.

Conforme adiantou este portal, Lupi ficou insatisfeito com a decisão do presidente Lula de não consultá-lo sobre a nomeação de Gilberto Waller Júnior para a presidência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) no lugar de Alessandro Stefanutto, exonerado após a deflagração da operação Sem Desconto da PF.

Outro ponto que pesou na decisão de Lupi foi a fritura pública desencadeada pelo Palácio do Planalto ao longo desta semana. Tanto o presidente Lula, quanto outros integrantes do governo evitaram, nos últimos dias, defender publicamente Lupi, embora as investigações não tenham apontado – até agora – a participação do ministro no esquema de descontos ilegais.

Apesar disso, o próprio presidente da República – conforme apurou este portal – ficou incomodado pela forma leniente como tanto o Ministério da Previdência quanto o INSS lidou com os alertas feitos pela Controladoria-Geral da União sobre descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

Agora, com a demissão de Lupi, o PDT reavaliará sua permanência na base do governo Lula. Esse assunto será discutido na semana que vem, em reunião da bancada do partido na Câmara. Hoje o PDT tem 17 parlamentares.

Tudo dependerá do próprio Palácio do Planalto. O partido quer manter o comando da pasta e, conforme apurou este portal, já indicou dois nomes para o cargo: o do ex-deputado Wolney Queiroz que é atual secretário-executivo da posta ou Guilherme Campelo, diretor de Licenciamento da Superintendência de Previdência Complementar.