(Atualizada às 14h50)

O Tribunal do Júri condenou, nesta quinta-feira (20), Jefferson Marcos Timóteo da Silva a 18 anos e três meses de reclusão pelo feminicídio de sua esposa, Carla Janiere da Silva Barros. Como o réu está preso há um ano, quatro meses e cinco dias, ele ainda deve cumprir pena de 16 anos, 10 meses e 25 dias.

O crime ocorreu em novembro de 2023, dentro de uma loja recém-inaugurada pelo casal no município de Murici, na Zona da Mata de Alagoas.

A promotoria de justiça, durante o julgamento, ressaltou que Jefferson já havia ameaçado sua companheira. Mensagens enviadas pela vítima indicavam o temor de que algo lhe acontecesse pelas mãos do marido. No dia do assassinato, após uma discussão, ele saiu do local e retornou armado, evidenciando premeditação.

No júri, cinco testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas. A defesa do réu alegou que ele teria agido em legítima defesa, argumento que foi contestado pela Promotoria. A promotoria questionou, entre outros pontos, o fato de o réu estar armado no momento do crime.

Uma funcionária presenciou o crime e chegou a registrar parte da discussão entre o casal antes dos disparos. Após atirar na esposa, Jefferson foi encontrado deitado ao lado do corpo, simulando estar morto na tentativa de escapar da prisão, mas foi descoberto pela Polícia Militar.

Condenado a 18 anos e 3 meses de reclusão, Jefferson continuará detido. No entanto, o Ministério Público anunciou que recorrerá da sentença, pois a promotora do caso, Ilda Regina, considerou a pena branda diante da gravidade do feminicídio.