O Papa Francisco, com 88 anos, está internado desde o dia 14 de fevereiro devido a uma série de problemas respiratórios. Nesta sexta-feira (28), o Vaticano divulgou que ele teve uma crise de broncoespasmo, resultando em um episódio de vômito com aspiração, agravando o quadro.
Desde sua ascensão à cátedra de Pedro, o Santo Padre sul-americano recebeu uma série de críticas, principalmente por demonstrar um posicionamento político muitas vezes associado aos progressistas. A verdade é que os políticos contemporâneos e profissionais conseguiram politizar até o papa.
A esquerda brasileira o tomou como um ícone exemplar do progressismo cristão. A direita o usou como saco de pancada: teólogo da libertação ou, até mesmo, comunista. O fato é que nenhum dos espectros está correto em tentar encaixar Francisco em suas concepções políticas.
O católico, católico mesmo, de verdade, nem é de esquerda, nem de direita. É católico. E ser católico já é posicionar-se politicamente. Logicamente, ao longo da história, muitos dos posicionamentos ditos conservadores ou de direita vão se assemelhar aos princípios evangélicos. O mesmo pode ser dito da esquerda.
O certo e jamais passível de falha é: o que o Evangelho e a Tradição Cristã dizem sobre determinado problema social? Esta é a nossa política. O critério é o próprio Cristo. Ele é quem não passa, já o liberalismo, comunismo, conservadorismo e todos os “ismos” passarão e se modificarão ao longo da história, enquanto a tradição cristã permanece há 2 mil anos.
Dessa maneira, independente do posicionamento político, católicos devem dobrar os joelhos pelo Papa Francisco. É em momentos como este que a Igreja prova sua catolicidade e unidade. Nós somos submissos ao legítimo sucessor de São Pedro, independente de sua nacionalidade e posicionamentos sociais.