O vereador Rui Palmeira (PSD) manifestou na manhã desta terça-feira (25), durante sessão na Câmara Municipal de Maceió, seu descontentamento com a ausência do secretário municipal de Educação, Victor Braga, em uma audiência previamente agendada para discutir temas importantes da pasta, como o transporte escolar.

O encontro, que havia sido marcado com mais de uma semana de antecedência, foi desrespeitado, segundo o vereador, que destacou a falta de respostas da Secretaria Municipal de Educação (Semed) a requerimentos enviados anteriormente.

Palmeira fez um apelo ao presidente da Comissão de Educação, vereador Leonardo Dias (PL), para que uma nova data seja marcada para ouvir o secretário. Caso a nova data não seja cumprida, o vereador sugeriu que Victor Braga seja convocado para comparecer à Câmara.

Além disso, o ex-prefeito de Maceió também criticou o fato de que, apesar dos problemas enfrentados pela educação municipal, o secretário, que é o quinto a ocupar o cargo durante a gestão atual, não havia avisado com antecedência sobre uma viagem que o impediria de comparecer. 

O vereador argumentou que, se o secretário já sabia da viagem, deveria ter informado o presidente da comissão para evitar o desgaste e o embate desnecessário. “Criar um embate desnecessário é ruim, especialmente nas vésperas do carnaval, quando muita gente está mais preocupada com a folia do que com a educação”, disse Palmeira.

Ele também destacou que o secretário tem se esquivado de dar respostas a questões estruturais da educação e que sua atitude de não comparecer à casa legislativa, ao fugir de seus compromissos, agrava ainda mais a situação. 

“É preciso ter uma data para que o secretário esteja presente e que possamos fazer um bom debate em prol da educação do município”, afirmou, reforçando a necessidade de diálogo e transparência.

O transporte escolar em Maceió foi retomado em 20 de fevereiro, após reunião com o MP, MPF, DPE, Semed, Gabinete Civil, Comed e Fórum Alagoano de Educação. Em decorrência do descumprimento de acordos, MP e DPE obtiveram uma liminar proibindo a circulação do transporte, que foi derrubada pelo TJAL. O serviço havia sido suspenso em 18 de fevereiro, gerando protestos no Benedito Bentes.