Comissionado em Junqueiro foi responsável, segundo a Polícia, por monitorar vítima antes de sua morte e também cena do crime após a execução
A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) prendeu, nesta segunda-feira (30), o segundo suspeito relacionado ao assassinato do blogueiro político Adriano Farias, ocorrido no interior de Alagoas. As investigações indicam que o indivíduo preso, um homem de 38 anos, é um servidor comissionado da prefeitura de Junqueiro, cidade onde Adriano foi baleado em junho deste ano.
Conforme informado pela polícia, esse servidor desempenhou um papel significativo no crime. Ele teria monitorado a vítima antes de sua morte e também a cena do crime após a execução. Câmeras de segurança registraram a movimentação do suspeito.
"Nós realizamos uma análise preliminar de todos os investigados, e este segundo suspeito ocupa um cargo comissionado na prefeitura de Junqueiro. Durante as investigações, identificamos esse indivíduo de 38 anos, que estava circulando nas imediações da casa da vítima. O monitoramento ocorreu antes e depois do crime. Temos imagens que mostram esse monitoramento e outras evidências que sustentam a suspeita sobre ele. Após a solicitação da polícia, o juiz de Junqueiro, com parecer do Ministério Público, autorizou a prisão, que foi efetuada na manhã de hoje", explicou o delegado João Marcelo, responsável pelas investigações, em entrevista à TV Pajuçara.
As apurações também sugerem que o crime foi premeditado, sendo o dia 18 de junho escolhido para a execução.
"Existem outros suspeitos envolvidos nesse homicídio, que ainda precisam ser identificados e detidos. A análise das investigações revela que estavam determinados a cometer o crime naquele dia. A execução contou com a participação de várias pessoas, e o detido hoje foi um dos envolvidos. Outros indivíduos também estavam no veículo utilizado para executar a vítima. Acreditamos na possibilidade de um mandante, já que o crime foi meticulosamente planejado. Continuamos nossas diligências para identificar todos os participantes", acrescentou.
Uma das linhas de investigação sugere uma motivação política, mas o delegado destacou que nada foi descartado.
"A motivação política é uma das hipóteses, mas não descartamos outras possibilidades. O crime foi elaborado de maneira sofisticada, com os executores se esforçando para não deixar vestígios. Contudo, estamos progredindo e pretendemos capturar todos os envolvidos", concluiu.