Provavelmente o deputado Arthur Lira há de ter considerado a vaia que ele levou em Maceió, na última sexta-feira, como uma manifestação injusta, além da “falta de respeito”, o que verbalizado por ele.

Todos os políticos, e nisso eles são iguais, pensariam a mesma coisa: o espelho nunca os acusa.

Entretanto, Lira deve se acostumar com essa animosidade do eleitorado de Maceió.

Há de se ressaltar que o presidente da Câmara Federal tem resistido “bravamente” às críticas da imprensa nacional. Registre-se: até com valentia, já que ele tem ido a todos os programas e entrevistas dos veículos de comunicação nacionais - a grande maioria hostil a ele.

É o custo do poder em Brasília. 

O que ele pode aprender, então?

Em outro texto, este blog já havia afirmado que ele teria muito a aprender, ainda, com seu arquirrival Renan Calheiros, uma espécie de enredo antecipado do próprio Lira.

Mas coooomo (indagaria o saudoso Sandoval Calheiros)?

Calheiros vem de uma escola em que o grande mestre foi o ex-presidente José Sarney. 

Seu ensinamento: apanhe calado, mergulhe e volte à superfície mais adiante.

O futuro será generoso, sob esse ponto de vista?

De jeito nenhum. 

Calheiros também aprendeu e agora pode ensinar: Maceió está “perdida” - para ele e para Lira. 

Ambos serão rejeitados pelo eleitorado da capital para todo o sempre, mas as vaias vão escassear.

É só uma questão de tempo – e de resistência.