Comparsas da chacina de quatro jovens em Arapiraca, revelaram que foram obrigados a esconder os corpos sob a mira de armas

21/04/2024 09:49 - Roberto Gonçalves
Por Redação comFazetaweb
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Os presos são um sobrinho do autor da chacina e um amigo dele

Os dois presos que tiveram participação na chacina que deixou quatro mortos - dois homens e duas mulheres, em Arapiraca, contaram à imprensa que foram obrigados pelo autor dos disparos a esconder os corpos dentro de uma cacimba. Conforme a dupla, Regivaldo da Silva Santana, o Giba, apontou uma arma para eles, coagindo-os a ocultar os cadáveres.Os detidos são um sobrinho do homem preso por atirar nas vítimas e um amigo dele.

 “Acabou ele (Giba) xingando eles (vítimas), agredindo e efetuando disparo na cabeça de um menino, do galego. Depois deu dois disparos na cabeça do outro, virou, atirou na cabeça da menina, da outra menina também e acabou que ele apontou uma arma para a gente e fez a gente levar os corpos pra cacimba. Eu pedi pelo amor de Deus para ele não atirar.”, disse um dos presos.

O segundo preso também afirmou que foi forçado a ocultar os cadáveres. “A gente não ajudou por livre e espontânea vontade, a gente foi forçado. A todo momento ele estava com uma arma apontada, dizendo que se a gente falasse alguma coisa a alguém, ele ia matar a gente. Se não fosse ele, tinha gente que matasse por ele”, contou.

Eles disseram, ainda, que conseguiram uma “brecha” após o momento em que estavam descartando os corpos e conseguiram fugir. Eles foram presos no estado de Sergipe, na tarde desse sábado (20), após serem localizados pela equipe do Núcleo de Investigação Especial (NIESP).

O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), Gustavo Xavier, disse que a versão apresentada pelos suspeitos será estudada durante o inquérito policial.

“É uma versão bem contraditória, tendo em vista que o Giba noticiou à polícia que ele teria executado as quatro vítimas em decorrência de um furto que teria acontecido dentro da propriedade. Mas, os dois indivíduos que foram trazidos por nossas equipes, do estado de Sergipe, informaram que não sabiam explicar a motivação, simplesmente, eles estavam dentro do quarto da residência e ouviram uma discussão entre o Giba e os dois homens, que já estariam posicionados no chão da sala, o Giba no meio deles e as duas mulheres, cada uma de um lado. E ele a todo momento gritava com os homens, mandava respeitar as mulheres e estaria embriagado”, frisou.

Agora, os presos ficaram na Delegacia-geral da Polícia Civil, à disposição da Justiça.

O empresário e atirador desportivo (CAC) Reginaldo da Silva Santana, investigado como suspeito da chacina, foi preso na última sexta (19).

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