A Assembleia Legislativa Estadual (ALE) realiza, nesta sexta-feira (1º), uma sessão pública em homenagem aos 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O propositor, deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT), argumenta que “o MST tem sido, ao longo dos seus 40 anos, peça fundamental para garantir o acesso à terra para quem, de fato, nela trabalha, e ao alimento saudável à toda a sociedade, além de fundamental instrumento de organização dos trabalhadores rurais em defesa de nossa soberania e fortalecimento da democracia brasileira”.
A sessão está marcada para acontecer às 10h, no plenário da Casa de Tavares Bastos, situada no Centro de Maceió.
Debates
A homenagem foi motivo de debates, no plenário da Casa, entre os deputados Cabo Bebeto (PL) e Ronaldo Medeiros. O primeiro acusou o movimento social de cometer crimes em todo o território brasileiro. "Foi criado na época com o falso pretexto de lutar pela terra, pela reforma agrária e por uma sociedade sem explorados e sem exploradores. Mas o que se tem é um movimento que não respeita a propriedade privada, que destrói a agricultura, abusa dos mais humildes, explorando-os e usando-os como massa de manobra", acusou Cabo Bebeto.
Listando uma série de invasões promovidas pelo MST ao longo das décadas em fazendas, supermercados e sedes como a do Incra, o parlamentar do PL criticou o fato de a CPI do MST no Senado ter terminado sem um relatório e repudiou também a sessão especial em homenagem ao MST, no plenário da ALE.
Já o deputado Ronaldo Medeiros criticou as palavras do pronunciamento de Cabo Bebeto. "O MST é o maior movimento social do Brasil, um dos maiores do mundo, é o maior produtor de arroz orgânico das Américas, um movimento que com muita garra luta contra a pobreza e tem o direito de plantar, ter dignidade e escola decente para seus filhos", disse o petista.
*Com Ascom ALE