O deputado estadual Cabo Bebeto repudiou a sessão especial que a Assembleia Legislativa de Alagoas irá realizar nesta sexta-feira, dia 01, para “comemorar” os 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O parlamentar iniciou seu pronunciamento feito na tarde desta quinta-feira, 29, no plenário da ALE afirmando que “O MST foi criado com o falso pretexto de lutar pela terra, pela reforma agrária e por uma sociedade sem exploradores e explorados. Mas o que se tem é um movimento que não respeita a propriedade privada, destrói a agricultura e abusa dos mais humildes, explorando e usando eles como massa de manobra”.
Cabo Bebeto lembrou que, em 2006, integrantes desses movimentos participaram de uma sessão na Câmara dos Deputados, onde invadiram, depredaram e destruíram tudo, colocando em risco o trabalho e a vida dos parlamentares e servidores que estavam no local: “Inclusive com atitudes muito mais intensas do que as que alguns fizeram no dia 8 de janeiro, e não deu em nada, 18 anos depois eles voltam à cena do crime e ainda são homenageados”.
O deputado lembrou que “essas mesmas pessoas invadiram a Embrapa em Petrolina, destruindo pesquisas de anos de trabalho”.
CPI
Quanto à CPI do MST, que não avançou, Cabo Bebeto foi enfático ao afirmar que o ocorrido é uma vergonha: “Depoimento revelou que pessoas recebem os lotes, mas nunca a titulação, mostrando que essa sim é uma forma de manter o povo sempre dependente”.
Documentos apontaram que os sem-terra que participaram de manifestações no Estado foram financiados pelo Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral). Contratos, notas fiscais e até pareceres jurídicos mostraram que o governo alagoano pagou ônibus, lonas e cestas básicas para subsidiar protestos no período de 2017 a 2020.
Uma nota fiscal mostrou que o Iteral, pagou R$ 19,9 mil para comprar lonas destinadas às famílias que estavam acampadas na Praça dos Martírios, em Maceió, em abril de 2018.
Outro recibo, no valor de R$ 8,3 mil foi para a compra de cestas básicas para os manifestantes que acamparam na Usina Laginha e Usina Guaxuma. A CPI ainda recebeu informações de que foram pagos R$ 5,6 milhões para empresas de ônibus, entre 2015 e 2023.
Invasões em Alagoas
O parlamentar elencou uma série de situações de invasões registradas em Alagoas pontuando casos como quando o MST destruiu os laboratórios da Universidade Federal de Alagoas e acabou com uma pesquisa de quase um ano para o desenvolvimento de novas variedades de cana de açúcar.
As invasões da fazenda Flor do Bosque, em Messias, de uma fazenda de cana-de-açúcar no município de Flexeiras e em Atalaia, quando o MST descumpriu decisão judicial e além de invadir uma propriedade manifestantes furtaram estacas e promoveram atos de vandalismo no imóvel, causando um prejuízo de quase R$ 100 mil, foram citados pelo parlamentar.
“Fora esses registros de invasões, aconteceram acampamentos em praças, invasão do INCRA, fechamento de vias públicas, invasão da Equatorial e invasão com ameaça a um supermercado para que fossem doadas cestas básicas”, mencionou Cabo Bebeto.
Situação vexatória
“Esse sim e um grupo organizado que promove o terrorismo, orquestrando invasões, matança, destruição, roubo, violência, coação e mesmo não tendo personalidade jurídica, já que nem tem um CNPJ, é patrocinado por alguns governos, direta ou indiretamente”, afirmou o deputado, recordando que quando invadiram terras produtivas no Pará, deixou um rastro de destruição onde animais foram mortos de forma bárbara, vacas prenhas tiveram os bezerros arrancados do útero e suas cabeças cortadas. “Isso sim é terrorismo”, afirmou.
“Não me surpreenderia se daqui a pouco os parlamentares da esquerda quiserem criar o dia do PCC, dia do Hamas ou criar a comenda Osama Bin Laden. Afinal, já estão sendo reconhecidos por esse povo por prestar apoio às suas ações”.
“Portanto fica aqui o meu repúdio a essas comemorações que estão acontecendo em todo o Brasil e principalmente a que ocorrerá amanhã aqui nesta Casa”, concluiu.