A pressão em Alagoas e em Brasília para que Renan Calheiros e Arthur Lira suspendessem as hostilidades parecer ter dado certo.

Especialmente por parte do senador - pois ninguém suportava mais a sua agressividade, o que vinha atrapalhando composições políticas atuais e futuras no Congresso e em Alagoas.

Porque nem o PT de Lula e Paulão, nem o MDB de Paulo Dantas, Marcelo Victor e Isnaldo Bulhões - tampouco o partido de  qualquer bolsonarista alagoano é adversário do presidente da Câmara dos Deputados.

Portanto, não surpreende a presença de Arthur pela primeira vez junto dos Calheiros no anúncio de obras do governo federal em Alagoas.

Também não é surpresa que, segundo fontes, o deputado teria enviado recentemente emissários para propor uma união entre os dois na disputa pelas duas vagas ao Senado em 2026.

Circula no meio político que Renan não foi claro na resposta, dando a entender que o processo eleitoral está longe, distante.

De fato, antes de tudo tem as eleições municipais, a situação do governo federal, entre outras questões, para decidir tão cedo pela dobradinha Calheiros/Lira.

Mas as portas e janelas foram abertas. Falta ainda o entendimento para ocupar sala, cozinha, quartos e anunciar os padrinhos e a festança de casamento.

Por enquanto, contudo, o certo é que tem alguns dias que Renan parou de disparar 'mísseis contra Arthur para se ocupar de outras frentes de batalha', caso da CPI da Braskem e do hospital comprado pelo prefeito de Maceió JHC.