Especialistas e conselheiros da Braskem estão desconfortáveis com a CPI criada no Senado para investigar a tragédia que atingiu diversos bairros em Maceió.

Eles acham que um acordo é a melhor saída porque com a instalação de uma Comissão 'você sabe como começa, como termina ninguém sabe', revela uma fonte política e empresarial.

O entendimento seria uma espécie de 'carta de alforria' para a empresa cuja venda vem sendo discutida com interessados, segundo veículos de comunicação especializados em economia/negócios.

E o resultado pode significar benefícios para Alagoas, assim como ocorreu no acordo milionário da empresa com a Prefeitura de Maceió.

''A CPI servirá para investigar a maior tragédia ambiental urbana do mundo e garantir a justa indenização às vítimas, às cidades e ao estado'', pressiona o senador Renan Calheiros (MDB-AL).  

Ele disse ainda, nesta quinta-feira (26), no X, antigo Twitter, que já pediu aos líderes que indiquem os senadores que vão participar da CPI para iniciar os trabalhos.

Relatório publicado pela Suno Investimentos para assinantes, nesta sexta-feira (27), diz que o acidente em Maceió é tratado na análise como 'uma das maiores incertezas em relação ao investimento na Braskem'.  

Afirma ainda que a empresa 'tem provisionado cerca de R$ 6, 5 bilhões para usar em investimentos necessários em realocações, fechamento e monitoramento dos poços, compensações aos moradores, entre outras medidas'.

No entanto, apesar da questão grave ambiental, na conclusão do relatório a Suno recomenda a compra de ações da BRKM5 até o preço-teto de R$ 40,00, tendo em vista o risco-retorno muito favorável para o acionista'.

EM TEMPO -O relatório da Suno significa que as ações da Braskem estão 'baratas' e que vale o investimento, apesar da questão ambiental em Maceió.

Nesta sexta as ações da Braskem foram negociadas na Bolsa de valores entre R$ 17,40 e R$ 17,90, respectivamente preço mínimo e máximo atingidos durante o pregão.