Destemperado, desequilibrado ou não, o fato é que atos e palavras recentes do senador Renan Calheiros (MDB-AL) revelam que a corrida pela reeleição em 2026 já começou.  

E a janela estratégica é esse período pré-eleição municipal.  

Renan está agindo porque teme o aparecimento de adversários possíveis e aleatórios da situação como Paulo Dantas, Marcelo Victor, Paulão, ou da oposição como Arthur Lira, Rodrigo Cunha, JHC.

Por isso o senador ameaçou tirar o MDB de Canapi de aliados do ex-deputado Celso Luiz e do deputado estadual Ronaldo Medeiros.

Assim como partiu pra cima do atual secretário de Educação de Alagoas, o ex-prefeito de Penedo Marcius Beltrão.

Da mesma forma como anunciou sua intenção de expulsar os vereadores do MDB de Maceió.

A estratégia é tentar garantir situações cujos resultados e alianças eleitorais possibilitem o primeiro e/ou o segundo voto para senador.

Em Canapi, por exemplo, se entregar o MDB ao ex-prefeito Zé Hermes - aliado de Arthur Lira - quer o voto.  

Em Penedo, o atual prefeito Ronaldo Lopes é do MDB e precisa vencer pra descarregar tudo na sua reeleição para o Senado.  

Marcius é próximo do deputado federal Arthur Lira, do estadual Marcelo Victor e do governador Paulo Dantas. Se garantir o segundo voto...

(Vale lembrar que no interior o chefe do executivo transfere, quase sempre, mais votos do que a oposição graças ao poder da máquina administrativa)

Por último, os vereadores do MDB de Maceió. Eles são majoritariamente ligados ao prefeito JHC.

O problema é que esse roteiro parece ser explosivo.