Eis um tema que provoca discussões acaloradas, paixões desenfreadas, embates sem tréguas do tipo “guerra total”.
O meu argumento é simples, no caso, fácil de explicar – embora não deva ser aceito por muitos, que nem ao menos concordarão com a premissa.
Mas vamos lá.
Não temos hoje no Brasil um nome nessa seara que esteja no patamar dos grandes juristas, formuladores, doutrinadores. Na fila para o cargo de ministro do STF, até agora, políticos/juristas com seus poderosos padrinhos.
Todos os que apareceram como possíveis candidatos devem ter o tal “notório saber jurídico”, e, na média, parecem nivelados na formação técnica.
Se assim é, e acredito que assim seja, a presença de uma mulher negra no STF daria representatividade e visibilidade à parcela majoritária da sociedade brasileira que é vítima, inegavelmente, dos sempre atuais preconceitos: misoginia e racismo (ambos estúpidos, como todos os preconceitos).
No mínimo, o Supremo ganharia um olhar diferente sobre temas tão fundamentais e “engavetados” da vida brasileira. Não é a panaceia, é verdade, até porque nada é a panaceia.
Imagino que como os demais “candidatos”, a escolhida (?) carregaria o tal “notório saber jurídico”, além, claro, da simbologia da cor - dos povos escravizados que ajudaram a construir a identidade de um povo que ainda vive o aprendizado de como ser plural.
Mulher, negra e capaz: por que não?