É uma questão de estratégia político-eleitoral, uma área em que o senador Renan Calheiros tornou-se um mestre, com poucos rivais no país.
O acordão de Brasília, que tira JHC da disputa eleitoral de 2026, garantiu ao senador, praticamente, a sua reeleição, que se apresentava bastante difícil, embora possível e provável.
A questão é que se torna necessário manter a tropa em permanente tensão, preparada para a guerra, e o inimigo visível para essa turma é o deputado Arthur Lira, a quem Calheiros, por óbvio, considera o adversário mais fácil de ser batido pelo seu grupo.
Se Lira vai revidar?
Talvez até sim, mas pode ser desperdício de energia, além do que Calheiros é bem mais hábil e experiente nessa arte.
Claro: se aparecer outro adversário em condições de bater chapa com eles, provavelmente, eles vão tentar levar ao público o que seria uma polarização natural.
Fato concreto e objetivo: que ninguém espere acenos de paz entre os dois – esse seria prejudicial a eles.
É como Calheiros, corretamente, assim me parece, enxerga.