A pergunta é óbvia e instantânea, afinal, a principal acusação ao governador Antonio Denarium, de Roraima, é a de que ele distribuiu cestas básicas durante a campanha eleitoral do ano passado, o que em tese (olha a hermenêutica aí, gente!), é proibido pela legislação eleitoral.

E aqui em Alagoas, o que aconteceu?

Segundo parecer do procurador regional eleitoral Antônio Amorim Cadete, na ação movida pela coligação de Rodrigo Cunha, e que ele deu apresentou em março no TRE local, houve na campanha eleitoral de Alagoas "desvio de finalidade decorrente do uso do programa social" Pacto Contra a Fome - que envolvia a distribuição de dezenas de milhares de cestas básicas “em benefício das candidaturas” de Paulo Dantas e de Renan Filho.

Eis que entram as dessemelhanças entre as duas ações: em Roraima, o julgamento aconteceu menos de um ano depois da eleição; por aqui, ninguém sabe quando e se acontecerá (está parado desde abril).

Em tempo

Denarium e Dantas dizem o mesmo: só queriam aplacar a fome do povo.