Quem acompanha o noticiário político local há de constatar que o Ministério Público Estadual tem se mantido a distância do que acontece na Assembleia Legislativa.

Entretanto, e o mérito é dos promotores da Vara da Fazenda Municipal, a instituição tem sido bem atuante em relação à Câmara Municipal de Maceió.

Foi graças à ação do MP – ou dos promotores que atuam na área – que a Casa de Mário Guimarães “resolveu” realizar concurso público para os seus quadros (foi firmado um TAC entre MP e Câmara).

No meio caminho, lembremos, a Mesa Diretora da Câmara quis contratar uma empresa privada para fornecer mão de obra para o Legislativo Municipal. De novo, a ação ágil - formal e necessária – dos promotores evitou que mais essa ilegalidade/imoralidade fosse concretizada.

No caso da Assembleia, não há sinal de que isso possa acontecer. E motivos não faltam. Diariamente, o D.O. publica as nomeações de servidores comissionados na Casa de Tavares Bastos – como aconteceu ontem e foi registrado com presteza pela colega Vanessa Alencar, com o ex-deputado Jairzinho Lira e esposa -, sem qualquer satisfação à sociedade. Como se ali não houvesse dinheiro público, apesar de que dele só se sabe pelas operações da PF.

Há informações, que precisam ser confirmadas oficialmente, de que o quadro de servidores comissionados na Assembleia já é maior do que o de servidores efetivos, irregulares muitos destes - como apontou o hoje desembargador Fábio Ferrario, quando passou pela procuradoria-geral da Casa.

As várias ações da PF – Taturana, Sururugate, Edema e as denúncias feitas pelo então deputado JHC – mostram que “há algo de podre no reino da Dinamarca” (o odor é inconfundível).

Com o procurador-geral Márcio Roberto é candidato a desembargador – é pule de dez em qualquer aposta –, bem que ele poderia deixar marcada a sua passagem pelo cargo com uma iniciativa institucional que nos fizesse lembrar a importância do MP (antes de chegar ao TJ).

Em tempo

Talvez em breve, muito breve, tenhamos mais – ou más/boas - notícias sobre o tema.