Quem conhece minimamente a Assembleia Legislativa, com a composição histórica ou atual, sabe que naquela Casa moram mais bolsonaristas do que sonha a nossa vã filosofia.
Obviamente, por pura conveniência política, as manifestações, digamos, ideológicas são praticamente inaudíveis e invisíveis - para qualquer lado.
Basta procurar quantos são os deputados estaduais armamentistas/caquistas ou os que têm urticária só de ouvir falar nos movimentos sociais – dois temas fundamentais para Lula e seus seguidores.
Não deixam, portanto, de ser um sinal de vida – raríssimo por lá, ressalte-se – os embates até frequentes entre o deputado Cabo Bebeto e o deputado Ronaldo Medeiros. O primeiro, bolsonarista raiz; o outro lulista histórico.
Peço atenção aos leitores e leitoras para o comportamento dos demais deputados quando dos discursos de ambos: Bebeto sempre criticando os movimentos sociais, que ele trata de criminalizar; Medeiros, voz solitária no outro lado. Eles fazem o contraditório, marca de qualquer Legislativo que se respeite.
Mas que ninguém se engane: até o final do ano ainda teremos movimentada distribuição de comendas e títulos pelos integrantes da Assembleia. Esse tema está liberado – por quem manda para que os outros obedeçam.