Tenho acompanhado, ainda que de longe, o drama vivido por personagens que ingressaram recentemente na atividade política (alguns até já saíram, por não suportarem a sordidez).
Há de se ter algumas “qualidades” humanas diferentes daquelas encontradas nos cidadãos e cidadãs comuns. Ainda que os políticos sejam, e são, pessoas comuns, eles sabem que precisam aprender algumas lições do meio se quiserem nela sobreviver.
Digo-lhes mais: conheço vários com grandes qualidades morais e humanas, e talvez por isso não tenham concentrado o poder em suas mãos.
Só para relembrar o que já disse aqui, é definitivamente proibido aos do ramo firmar uma amizade verdadeira com quaisquer outros. A relação será sempre de desconfiança e se romperá ao primeiro embate em torno do poder.
Algumas poucas lições que aprendi, assim imagino, servem para me manter até próximo, mas nunca dentro da seara política.
- nunca tome o partido definitivo de um dos envolvidos num embate político, lembrando que as ideias, estas sim, merecem sua dedicação e crença;
- ninguém entra sozinho na política profissional. Ao ganhar visibilidade no meio, estará expondo os mais queridos e os mais próximos, que poderão ser as maiores vítimas da sua opção.
A política guarda também os segredos da linguiça – conhecê-los não há de abrir o apetite.