Existem alguns critérios para que a Polícia Federal entre na investigação de assassinatos, mesmo de grande repercussão (ainda que só local).
Mas o caso Marielle (morta em março de 2018), que avançou quando não se achava mais que apareceriam novos indícios, mostra que é possível, sim, retomar a apuração de crimes de pistolagem em Alagoas, que não estão muito distantes no tempo.
Por exemplo: a morte de Neguinho Boadeiro, em Batalha, cuja investigação parou no meio do caminho, quando surgiram nomes de peso como potenciais mandantes.
O crime aconteceu em plena luz do dia, em 9 de novembro de 2017, na cidade de Batalha.
Dois meses antes, em 11 de agosto, Rodrigo Alapenha, genro do ex-prefeito Lula Cabeleira, foi executado por pistoleiros, em Delmiro Gouveia.
Para o governador Paulo Dantas, imagino, a elucidação desses assassinatos deveria ser uma “questão de honra”. Até porque ele conta com profissionais qualificados na Segurança Pública (o ideal seria pedir a ajuda da PF).
Seria uma retomada importante, até para apagar suspeitas que permanecem até hoje nos dois casos.
A gente sabe que o crime organizado no Rio de Janeiro é diferente do que ocorre em Alagoas, mas ambos deixam pistas nos rastros de sangue que produzem.
Com um detalhe: enquanto não é desvendado e desmantelado, outras vítimas podem tombar.
(Matar e coçar é só começar.)