Com a chegada do período junino e das férias do meio do ano, o turismo em Maceió, assim como em todo o Estado, volta a ter certo crescimento. A capital alagoana está entre os 10 destinos mais procurados no Brasil para o turismo nas férias de julho, de acordo com pesquisa da operadora Azul Viagens.
Ricardo André, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas (ABIH/AL), disse que, para o mês de junho, o setor teve resultado melhor em comparação aos últimos anos. Em 2021, os hotéis do Estado possuíam ocupação média de 45%. No ano seguinte, o índice chegou a 65%. E, neste ano, a expectativa é que a ocupação hoteleira chegue a 66%.
Para o presidente da ABIH/AL, a nova "tradição" dos shows de São João em Maceió representa grande potencial para que a capital cresça e se fortaleça como produto turístico. Porém, ele ressalta que é necessário investir em novos atrativos além do "mar e sol", para que o Estado se mantenha estável no turismo durante o ano inteiro.
"Os meses de maio e junho são os dois piores que nós temos no ano, porém o São João está trazendo bons resultados nesse sentido. O que é fundamental, para nós, é a continuidade desse São João da prefeitura de Maceió. Tendo continuidade, teremos os melhores frutos daqui a dois, três, quatro anos", avaliou Ricardo.
"Hoje, o turista é muito bem informado e sabe que está tendo um período de chuva muito forte aqui e, para eles, não é interessante porque o carro-chefe para o nosso destino ainda é sol e mar. Precisamos investir cada vez mais em equipamentos e produtos turísticos para que turista em si não venha somente com objetivo de sol e mar", pontuou.
Queda em julho
Apesar da perspectiva positiva para as festividades de São João, a ocupação para o mês de julho está abaixo do que o setor registrou nos últimos anos.
Os hotéis da capital, segundo o empresário, contam com aproximadamente 55% de ocupação para o mês de julho. Um dos motivos seria a redução das férias escolares, o que dificulta o planejamento de viagens familiares.
"Antes tínhamos férias escolares que duravam 30 dias. Hoje, são mais curtas e variam muito de estado a estado, o que fez com que o turismo caísse no mês de julho e não vem trazendo grandes resultados", avaliou.
“É preciso investir, também, ambientes fechados, para que no período de chuva o turista possa ter museus, casas de show, um artesanato que tenha uma área mais propícia, um artesanato mais regional de Alagoas”, afirmou o empresário.