A Justiça alagoana decidiu por manter na prisão a mulher suspeita de liderar um esquema que arrecadou uma quantia milionária em troca de vagas de empregos na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em Alagoas. A decisão, do juiz Rodolfo Osório Gatto Herrmann, tornou a mulher ré, pelos crimes de estelionato e associação criminosa, mediante denúncia do Ministério Público, 

A mulher foi presa no dia 4 de maio deste ano, em São Bernardo do Campo (SP), em cumprimento a mandado judicial emitido após ela ser indiciada pela Polícia Civil de Alagoas (PC/AL).

Os advogados da acusada, pediram a liberdade dela alegando que ela e a filha estavam sendo ameaçadas. Diante disso, elas foram morar em outro local, mas que teriam residência certa e emprego fixo. A defesa alegou também que ela está cursando nível superior e se encontra com gravidez de risco. A filha dela é matriculada em uma escola pública na cidade onde residia, sendo ela sua única responsável legal da menina.

O juiz não considerou as alegações da defesa e negou o pedido de prisão domiciliar. O magistrado afirmou que a denúncia apresenta os fatos delituosos, com todas as suas circunstâncias e considerou que a filha da presa, que tem 13 anos, não cumpre o comando do artigo 318 do Código de Processo Penal, que prevê a idade de 12 anos incompletos como mecanismo para substituição de prisão preventiva.

O magistrado também afirmou que a foto do teste de farmácia, indicando gravidez positiva e os exames de ultrassonografia sem qualquer vínculo com a acusada, não são capazes de comprovar a gravidez da mesma, o que também não autoriza o disposto no artigo 318 do Código de Processo Penal.