Escolha de “novo” presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALE, no cargo há quatro anos, é alvo de repúdio

11/04/2023 07:00 - Vanessa Alencar
Por redação
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A escolha do deputado estadual Cabo Bebeto (PL) para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) foi repudiada pelo PT em Alagoas.  Em nota oficial, o partido manifestou indignação em relação “à condução” do parlamentar à presidência do colegiado.

O detalhe é que o repúdio ocorre com um atraso de quatro anos, já que a Comissão é presidida por Bebeto desde 2019, em seu primeiro mandato. 

Ou seja, trata-se, na prática, de uma recondução - e não de uma condução - ao cargo, embora esta seja outra legislatura. 

Nas redes sociais, Cabo Bebeto ironizou a polêmica: “Pelo visto, encontram-se tão desinformados, que não sabem nem que eu fui reeleito para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública na Assembleia Legislativa. Enquanto as mazelas políticas esperneiam, eu me divirto”. 

Na nota, o PT também criticou a proposição da Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade Privada, classificando a iniciativa de um grupo de deputados de “grave ataque à luta pela reforma agrária”.

Confira a íntegra da Nota Oficial do PT Alagoas:

O Partido dos Trabalhadores de Alagoas vem a público manifestar sua indignação em relação à condução do Deputado Estadual Cabo Bebeto à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.

Inobstante a autonomia da qual gozam s parlamentares estaduais para tratarem das eleições de suas Comissões, o PT Alagoas vê como um retrocesso para a democracia e a defesa intransigente dos direitos humanos ter à frente de tão importante Comissão um Deputado defensor das armas para proteger o que ele julga ser os “legítimos” direitos humanos.

Nesse mesmo diapasão, o PT Alagoas também vê como um grave ataque à luta pela reforma agrária a criação de um grupo de Deputados para cumprir, aqui em Alagoas, o papel da funesta UDR, reprimindo e legalizando a violência e as mortes no campo.

Abaixo o retrocesso, não podemos permitir que Alagoas pavimente o caminho da volta a um passado que todos queremos superar.

 

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