Um fato inédito no Brasil ocorreu na noite desta terça-feira (07) em Arapiraca, o Poder Legislativo se reuniu ao ar livre contando com a maioria dos vereadores e aprovou o Orçamento do município para 2023 que estava “travado” pela presidente da Mesa Diretora Thiago ML (Pros).

Tudo por conta da disputa pela presidência da Casa, que continua acirrada e mais um capítulo ocorreu na noite de ontem, quando Thiago ML e Sérgio do Sindicato protagonizaram mais uma cena pela disputa de poder e a sessão foi realizada ao ar livre, fora das dependências da Casa Legislativa.

Na manhã desta quarta 07, Thiago ML utilizou as redes sociais para afirmar que a posse de Sérgio do Sindicato como presidente da Câmara seria ilegal e que ele {Thiago ML} continua respondendo pela presidência da Casa. 

Durante a noite, ao tentar realizar a sessão de votação do orçamento de 2023 para Arapiraca, Sérgio do Sindicato foi surpreendido por ML sentado na cadeira de presidente da Câmara e afirmando que iria presidir a sessão. 

Em resposta, Sérgio do Sindicato decidiu confrontar Thiago ML, reuniu os demais vereadores e realizou a sessão ordinária ao ar livre, na frente do prédio do Poder Legislativo.

A Mesa Diretora dos trabalhos contou com a presença da vice-presidente, Doutora Fany (MDB) e os secretários da Mesa: Edvânio do Cangandu, Márcio do Canaã. Na ocasião, foi realizada a votação e aprovação do orçamento 2023 de Arapiraca, no valor de mais de R$ 1 bilhão para o ano em curso.

O orçamento aguardava aprovação pela Câmara desde novembro de 2022 e devido a isso diversos serviços públicos municipais estavam “travados”. Apesar da aprovação de ontem, a aprovação pode ser invalidade, devido ao impasse jurídico sobre quem realmente é o presidente da Câmara.

 Na noite de ontem, a Procuradoria da Câmara afirmou que, diante dos documentos que possui, o presidente da Casa Herbene Melo, até dezembro de 2024, é Thiago ML.

“Após solicitação à Mesa do vereador Sérgio do Sindicato, respondemos, claramente, que para os todos os efeitos Thiago ML é o presidente, com a eleição referendada pelo plenário, que é soberano”, afirmou a procuradoria.

Ao que tudo indica, esse impasse na Câmara vai durar ainda alguns meses e muitas águas vão rolar por baixo dessa ponte. Enquanto há esse impasse, os vereadores continuam atrasando projetos, discussões e aprovações, mas continuam recebendo seus generosos salários. No entanto o espetáculo de desencontros e a disputa por poder que prejudica a quem deveria realmente deveria ser respeitado - o povo arapiraquense.