Para George Santoro, secretário da Fazenda de Alagoas, a decisão do governo federal de voltar a tributar a gasolina e o etanol ''é muito importante porque a gente tinha retirado de uma maneira arbitrária, eleitoreira, a tributação de um combustível fóssil, que é a gasolina, que só os mais ricos utilizam no seu dia a dia''.

A gasolina e o etanol serão tributados a partir de 1º de março, com alíquotas diferenciadas. Os combustíveis fósseis, como a gasolina, terão uma cobrança maior que a dos biocombustíveis, caso do etanol.

O diesel, biodiesel e gás de cozinha (GLP) devem seguir com a isenção até o fim do ano.

A gasolina, o etanol, o querosene de aviação e o gás natural veicular foram desonerados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em meio à corrida eleitoral de 2022.

''Uma coisa é tirar impostos do diesel que a população toda depende porque leva as mercadorias pelo país. Outra coisa é onerar a gasolina tendo os biocombustiveis, produto nacional que emprega milhares de pessoas'', explica.  

George Santoro diz ainda que ''vamos ter um rebate na inflação no primeiro momento, mas é um rebate natural porque no ano passado a diminuição da inflação foi artificial, foi uma medida de canetada, não foi medida economica, natural''.  

Quanto ao aumento da arredação, Santoro acredita ‘’que em abril teremos um movimento de recuperação, não voltando ao antigo patamar, mas teremos uma recuperação pequena, reequilibrando as perdas causadas pelos combustíveis, o que significa mais recursos para educação, saúde e é muito importante para o país''.