Foi caso do projeto de licença-prêmio para os magistrados alagoanos, que pode agora botar no bolso de alguns deles quantias inacessíveis ao cidadão comum – este que paga a conta.

O projeto saiu do TJ, por motivos óbvios, na linha do fazer o bem olhando a quem.

O Legislativo aprovou, sinalizando que “somos amigos-irmãos” para o que der e vier, agora e para sempre.

O governador, candidato à reeleição, vetou a matéria, evitando o desgaste com o eleitor, em plena campanha (início de setembro), mas sabendo que era só para “inglês ver”.

Depois, a matéria volta para a Casa de Tavares Bastos, onde o veto caiu feito um bêbado empurrado ladeira abaixo. 

Os três, ao fim e ao cabo, saíram ganhando, desde o bem-bom até a amizade sincera.

Resultado: o povo mais faminto do Brasil, o alagoano, vai bancar o mimo especial para quem já é – na remuneração com o erário – para lá de especial.

Todos têm fome, é verdade, cada um ao seu modo e capacidade para aplacá-la.