É nítido o crescimento do investimento do governo do Estado na propaganda sobre a Segurança Pública, uma área em que há evolução, de fato, no trabalho do poder público, mas que enfrenta sempre muita desconfiança.

De certa forma, injusta. 

A redução dos índices de violência, crescente, não chega à ponta com clareza e consistência, ao cidadão comum, em média – e por vários fatores.

Um deles, seguramente, é a opção da mídia – nacional e local – por manchetes que atraiam a atenção do leitor, telespectador e ouvinte.

Lembrando sempre o pensador francês Pierre Bourdieu, “sexo e sangue” sempre atrairão o grande público – não há novidade, nisso. Lamentavelmente, já isso não se transforma em uma ação objetiva e concreta da população.

Vou insistir no tema: é preciso que as forças de Segurança estreitem os laços com a comunidade, conquistando-lhe a confiança, ao mesmo tempo em que o poder público investe em outras áreas essenciais (a Educação, principalmente).

A propaganda, assim com as polícias, tem um papel a desempenhar, mas o seu limite é curto e bastante visível - insuficiente para desmontar uma visão histórica, o que só é possível com uma nova construção histórica.