“Pois é, o jurássico iluministro Barroso, exato o mesmo que disse: “ELEIÇÃO NÃO SE GANHA, SE TOMA”, agora atingiu o pináculo do deboche, ao, destemperadamente, desrespeitosamente, tratar o povo brasileiro de “MANÉ”. Ao se expressar assim, o infeliz bípede implume togado não só nos afrontou, como também desrespeitou até a liturgia do cargo que o dito cujo não tem a mínima condição moral para exercê-lo.
Certa feita, quando o gênio da pintura David Alfaro Siqueiros foi preso, do Chile, o poeta Pablo Neruda passou um telegrama para o Presidente, vazado nos seguintes termos: “Prenderam o México”. Reporto-me a esse fato para dizer ao iluministro Barroso que, ao ofender um patrício nosso na calçada de um hotel em New York City, com sua linguagem rasteira, própria de malandro, “PERDEU, MANÉ, NÃO ME AMOLE!”, ele não ofendeu apenas a um brasileiro, mas sim a todos nós brasileiros. Acho que a corda já estava demasiadamente esticada, com esse deboche ela se partiu de vez. Agora é via de mão única. Tenho plena certeza que o povo brasileiro não vai deixar isso 0800, vez que, ao rei tudo, menos a dignidade.
O sinistro Barroso tirou onda usando linguagem de bandido da pior espécie para avacalhar o “MANÉ”, que trabalha duro e paga pesados impostos para bancar a vida mansa deles nos banquetes regados a Vinhos de Casta, Língua de Faisão, Caviar e Pão de Ló. Basta! Não dá mais para suportar tanta invasividade e tantas humilhações. Chegou a hora da queda da Bastilha!!!
Fecho a cancela da minha velha Gamboa, apago as luzes da ribalta, fecho as cortinas e pergunto: E AGORA, MANÉ?
Ismael Pereira – artista plástico, escritor e bacharel em Direito.”