Fato concreto é que um precisa do outro, são ambos profissionais da política e sabem muito bem que jamais serão amigos.

E não é o caso mesmo.

Não se trata de comparação, mas o mundo político tem suas particularidades que são diversas daquilo a que estamos acostumados “do lado de fora”.

Lula conhece Lira desde os tempos do senador Biu, pai de Arthur, que fez campanha com o apoio de Lula em 2012 – e em dobradinha com Renan Calheiros pai.

O presidente da República, seguramente, disse a Lira que não vai interferir na eleição para a presidência da Câmara, em fevereiro de 2023.

Lira, seguramente, afirmou a Lula que vai ajudar no Congresso a viabilizar o futuro governo, mesmo sendo ele a principal representação parlamentar de Bolsonaro, no mandato que se encerra.

Nenhum dos dois, creio, mentiu. Mas ambos sabem que as verdades ditas por eles são relativas e que a sua durabilidade vai depender do tempo, da pressão e da temperatura política do país.