Faltou pouco para que dois iracundos líderes políticos alagoanos chegassem às vias de fato ontem no Aeroporto Zumbi dos Palmares.
Quem?
João Caldas, o “grito do campo”, e o senador Renan, que é Calheiros para todos os fins.
Os dois sessentões, desprovidos da cobertura capilar original, se encontraram no final da tarde de ontem no aeroporto (como lembra o Carlos Melo, editor do Cada Minuto, tenho lugar de fala: sou sessentão e careca). Ainda sob o efeito da ressaca das eleições no dia anterior, agiram como se fossem dois guris de Murici/Ibateguara , e o público teve de acompanhar o palavreado de poucas luzes.
JC, ao ver seu desafeto, foi cobrar satisfação pelo episódio da madrugada de segunda-feira, em que o senador Renan Filho, reafirmando seu comportamento infanto-juvenil das redes sociais e desconhecendo algum resquício de educação doméstica, passou a xingar JHC, na porta do prédio do prefeito (ainda disse que ia “pegar” Rodrigo Cunha no Senado. Que macho!).
Repetiu, Calheiros Filho, a mesma performance tola e inconsequente de Tácio Melo, em 2016, na porta do senador Renan pai, após a vitória de Rui Palmeira à prefeitura de Maceió.
(Sensatamente, Filho não foi para a porta do ex-assessor de Rui, não seria prudente da parte dele.)
Ontem, os dois valentões usaram os adjetivos que conhecem para desqualificar o adversário/inimigo. Deixo de publicá-los porque este é um espaço familiar (a leitora e o leitor que decidam quem está certo ou não).
Nesses tempos – ainda - de Roberto Jefferson e Carla Zambelli, todo o cuidado é pouco para quem presenciar cenas semelhantes. Em caso de fumaça, chame as forças de segurança.
Em tempo
Não faz tempo, pouco antes do início oficial da campanha, JC e Calheiros bebericaram juntos, alegres e febris, em um conhecido bar da parte baixa de Maceió. Brindaram e gargalharam juntos.
Amanhã, poderão voltar ao mesmo lugar para celebrar a redescoberta de uma amizade de infância bumerangue.