Coligação denuncia designação de major flagrado com mala de dinheiro para chefiar destacamento da PM no segundo turno

26/10/2022 12:29 - Coluna Labafero
Por redação
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(Atualizada às 15h08)

A coligação Alagoas Merece Mais denunciou à imprensa, nesta quarta-feira (26), a designação, pela Polícia Militar de Alagoas, do major Sydirlan Hibson Pereira da Silva para chefiar o destacamento da PM no município de Mata Grande, no Sertão. O major foi flagrado, às vésperas do primeiro turno, fugindo do Hotel Ritz com duas malas que a Polícia Federal acredita estarem repletas de dinheiro para suposta compra de votos.

Na ocasião, os agentes da PF apreenderam, com o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), deputado Marcelo Victor, R$ 145 mil em dinheiro vivo, santinhos e lista de eleitores.

Sydirlan foi interceptado por um policial federal, mas se recusou a parar e a entregar as malas, chegando a apontar uma arma para o agente que fez a abordagem. O major é um dos seguranças do presidente da ALE.

A coligação informou à coluna que pretende levar o caso à Justiça Eleitoral e à PF, e afirma que a designação do major para chefiar um destacamento em pleno domingo de eleições é, no mínimo, um “escárnio” com os alagoanos, com a Justiça e com a Polícia Federal.

Nota

Em nota, o Comando Geral da Polícia Militar de Alagoas informou que o major Sydirlan Hibson está no serviço ativo da Polícia Militar de Alagoas, e, portanto, apto a exercer qualquer atividade ou função dentro da Corporação, compatível ao seu cargo de Major PM.

A Polícia Militar de Alagoas salienta também que,  durante as eleições, evento que demanda emprego de grande efetivo militar, o oficial superior não comandará a segurança no município de Mata Grande, mas desempenhará suas funções ordinárias por sua unidade de lotação.

Esclarece ainda que os alunos do Curso Superior de Polícia (CSP) - entre os quais o referido major está devidamente matriculado - foram designados para o 2º Turno das Eleições sem distinguir os que estão à disposição de assessorias governamentais ou dos Poderes constituídos.

Uma nova publicação da PM fará essa correção, excluindo cinco desses policiais que foram contabilizados nessa escala de comando. Esses irão trabalhar nas suas unidades de origem, conforme legislação da Corporação Miltar.

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