O senador Renan Calheiros provou, mais uma vez, que se mantém forte junto ao Supremo Tribunal Federal, sabendo usar a melhor estratégia política/jurídica.

Mesmo com a derrota na primeira iniciativa de fazer Paulo Dantas retornar ao Palácio República dos Palmares – com a ministra Rosa Weber, reconhecidamente mais dura –, o emedebista insistiu corretamente, sabendo, por exemplo, que o ministro Gilmar Mendes sempre teve uma posição diferente nesses casos.

Conseguiu mais, Calheiros, através dos advogados: o aval do ministro Barroso, que seguiu o colega, mas em outro recurso. 

Não há de se questionar a decisão dos ministros: a hermenêutica permite sempre posições antagônicas sobre o mesmo tema. Mendes, ressalte-se, foi coerente com a posição histórica dele - assim como a ministra Rosa Weber (o que acaba sendo democrático). 

O inquérito da Operação Edema continua no mesmo ritmo em que seguia, agora com Dantas de novo no cargo. Mendes  Barroso e Weber analisaram tão somente questões formais, não tocaram no conteúdo que já  foi apurado. 

A disputa nos tribunais vai continuar, e nos dois campos: jurídico e político.

Melhor, neste momento, para o candidato do MDB.